FOLHA DO COMERCIARIO
ANO XXXIII - nº 158
MARÇO/2006
I ENCONTRO INTERNACIONAL DO TRABALHO DO MERCOSUL


 

Reunindo aproximadamente 300 participantes, foi realizado em Guaratuba, na Colônia de Férias dos Comerciários, dias 29, 30 e 31 de março/2006, o I Encontro Internacional do Trabalho do Mercosul e o IV Encontro dos Comerciários do Paraná.



O Evento contou com o Patrocínio da Federação dos Comerciários do Paraná/CGT-PR e CESCOS/CCSCS, além da Colaboração da CNTC e CGT-Nacional.



Ariosvaldo (Ari) Rocha
 
Além de Dirigentes Sindicais e Advogados Trabalhistas do Brasil, participaram delegações vindas da Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.   
 

O Encontro foi muito importante para se buscar soluções na defesa dos trabalhadores brasileiros e do Mercosul.         


E
ntre os diversos palestrantes e debatedores, destacamos as falas dos Juízes do TRT-PR, Rosalie Michaele Bacila Batista, vice-presidente e Luiz Eduardo Gunther, corregedor regional.

A Juíza vice-presidente, Dra. Rosalie, falou sobre o direito do trabalho, enfocando temas como duração da jornada do trabalho, remuneração, flexibilização, banco de horas, direito e férias, trabalho do menor e trabalho aos domingos. O Juiz corregedor, Dr. Luiz, falou sobre a justiça do trabalho.

Do nosso Sindicato estiveram presentes o Presidente Ariosvaldo (Ari), os diretores Muricy, José Miltom, Brito e os advogados Dr. José Mário e Dr. Valdir.
 
Ao final dos debates do Encontro Internacional do Mercosul, os dirigentes sindicais aprovaram a Carta de Guaratuba, sintetizando a linha de pensamento sobre as questões apresentadas, que transcrevemos, pela sua importância no atual contexto:

A CARTA DE GUARATUBA

“Resta evidenciado, a globalização já é uma realidade inserida no contexto social de todos os países, o que determina não sejam mais somente os fatores e circunstâncias locais a regrar o curso das relações de trabalho, consumo e comerciais. A realidade mundial consiste em que tudo quanto ocorre em um País seja rapidamente difundido e produza reflexos, em maior ou menor intensidade, em todos os demais.

Há, assim, a necessidade de se estender a realidade de cada nação, fazendo um comparativo dos meios de produção, distribuição e consumo, com ênfase no elemento humano, buscando alcançar o melhor da experiência de cada país como caminho a percorrer na luta permanente em prol de condições mais justas, mais humanas e mais coerentes.

Não olvidamos que a integração entre culturas diversas e conhecimentos que se somam permitiu a inserção de inovações e invenções tecnológicas e científicas, com ampla repercussão nas relações de trabalho, em todo o mundo, sendo paradoxal o fato de que todos contribuem para a criação de novos meios e facilidades em toda a escala comercial e industrial e estes novos instrumentos acabam por gerar uma redução de vagas no mercado de trabalho.

Vemos diariamente as máquinas tomando o lugar dos homens, a exemplo do que se constata nos bancos, onde o chamado “auto-atendimento” redundou na redução de cerca de três milhões de postos de trabalho, apenas nesta categoria específica bancária, significando a diminuição de cerca de 89% do número de empregados existente há uma década.

As benesses buscadas em decorrência do progresso científico-tecnológico haveriam de resultar em melhores condições de vida e existência para todos, também para aqueles que efetivamente contribuíram para tais realizações, e não como forma de destruição de vagas de trabalho.

Conscientes dessa realidade e de seu papel na constante busca da melhoria das condições de vida e de trabalho, os trabalhadores do Mercosul, representados neste Encontro pelas delegações compostas de dirigentes sindicais e de advogados trabalhistas da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, reunidos em Guaratuba, Paraná, afirmam suas preocupações e expectativas no aprimoramento da legislação de cada nação integrante do Mercosul a respeito das condições de trabalho e de salário, protegendo os empregos e permitindo que todos sejam beneficiários das realizações tecnológicas e não suas vítimas, instituindo normas que permitam aos trabalhadores dos países integrantes do bloco o direito ao emprego e a percepção de salários justos, suficientes a uma subsistência digna, com acesso à saúde, à educação e ao lazer.

A fim de efetivar a possibilidade de fruição de tais direitos, torna-se indispensável a redução semanal do trabalho, limitada a 40 horas, sem prejuízo dos salários, o que será naturalmente suportável pelo capital, mas com evidentes benefícios àqueles que, com seu esforço individual, são os reais construtores do progresso.

Democracia não é uma palavra vazia. É realidade que sobrevive quando substanciada por conteúdo social.

Os participantes deste I Encontro Internacional do Trabalho do Mercosul, cônscios de suas responsabilidades de preservar os valores sociais do trabalho e a dignidade da pessoa humana do trabalhador, se comprometem envidar todos os esforços no sentido de alcançar nos seus respectivos países a efetivação dessa realidade”.

Democracia não é uma palavra vazia. É realidade que sobrevive quando substanciada por conteúdo social,
diz Vicente Silva, presidente da Fetraparaná e da CGT.PR, destacando um dos pontos significativos da declaração aprovada no I Encontro Internacional do Trabalho do Mercosul, juntamente com o VI Encontro dos Comerciários do Paraná, realizados em Guaratuba, Paraná.
   
   
“Atrás de um balcão também bate um coração”
Comerciário: O Sindicato é você! Participe e lute por ele!
Venha usufruir de todos estes benefícios e estrutura criada para você.
Associe-se
 
 

Home | Fale Conosco | .
Copyright © 2003 Sindicom.
Todos os direitos reservados..
© 2006 Sindicom.org ®
Melhor visualização 800x600