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Vai somente até esta sexta-feira (24), nas 109 unidades municipais de saúde, a Campanha Nacional de Atualização Vacinal. A ação, aberta sábado (18), destina-se às crianças menores de 5 anos em atraso com alguma dose ofertada pela rede pública de atendimento.

Acompanhamento feito pela Central de Vacinas da Secretaria Municipal da Saúde aponta que, no primeiro dia da ação, 2.263 doses foram aplicadas nas 18 unidades que abertas durante todo o dia. Segundo a diretora de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, pediatra Karin Luhm, apenas o reforço da vacina da gripe – que não faz parte do calendário de rotina – foi responsável pela aplicação de 709 doses.

A seguir aparecem as vacinas oral contra paralisia infantil (293 doses), Tríplice Viral (243 doses) e contra meningite do tipo C (193 doses). Todas foram aplicadas em maiores de 1 ano, como reforço. “Isso confirma a observação de que, quanto mais velhas as crianças, maiores as chances de elas terem alguma dose em atraso”, observou a médica. As demais doses foram aplicadas em quantidades bem menores.

A expectativa da Secretaria Municipal da Saúde é que, das cerca de 125 mil crianças menores de 5 anos residentes na cidade, no máximo 25 mil precisem estejam em atraso e precisem participar da campanha. Isso porque Curitiba aplica, a cada mês, cerca de 2 mil doses do calendário de imunização de rotina.

O resultado levou o Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (Cealag), da Santa Casa de São Paulo, a considerar a cidade como a capital brasileira de melhor cobertura vacinal infantil - 98% contra 81% de cobertura nacional para o segmento. Pesquisa feita pela entidade foi divulgada em 2008.

Criança maior, cobertura menor - Segundo estudo feito junto a 2.637 crianças nascidas em Curitiba em 2002, menos de 1% apresentam atraso no calendário vacinal nos dois primeiros meses de vida. A taxa sobe para 11% quando a vacina em questão é a Tríplice Viral, aplicada aos 12 meses, e aumenta para 30% para a dose de reforço.

O trabalho embasou a tese de doutorado defendida em 2010 por Karin Luhm, diretora de Epidemiologia da SMS, Maria Regina Cardoso e Eliseu Waldman. Ele também aponta a relação entre a freqüência das crianças aos serviços de saúde com melhores coberturas vacinais.

Entre os menores de 1 ano foram encontradas coberturas de 96% para as que tinham comparecido a três ou mais consultas e de 94% entre as que fizeram até duas visitas ao pediatra. A cobertura cai entre os bebês entre 1 e 2 anos: 92,7% para os que comparecem a três ou mais consultas e para 89,6% para quem foi a no máximo duas consultas.

Substituições - O Ministério da Saúde vai aproveitar a ocasião para incluir duas novas apresentações de vacinas já disponíveis na rede pública de saúde: a pentavalente e a dose injetável contra a poliomielite ou paralisia infantil.
A pentavalente é uma associação da Tetravalente (contra tétano, difteria, coqueluche e demais infecções por Haemophilus influenzae do tipo B) com a que protege do hepatite B. Já a injetável contra a paralisia substitui as três gotinhas para os bebês que estão completando 2 meses e, por isso, precisam começar o esquema de três doses contra a doença.

As crianças que começaram a ser imunizadas com as três gotinhas continuarão recebendo a vacina oral até completarem a terceira dose.

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